sábado, 13 de novembro de 2010

POR QUE HÁ TANTOS CRENTES AGINDO NA CARNE - BOLETIM - 14.11.10

“Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos” (Rm. 6.5,6).

Confessamos todos os dias, ou pelo menos deveríamos, que a palavra de Deus é a verdade (Jo. 17.17), que é lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho (Sl. 119.105), saudamo-nos com a “paz do Senhor”, chamamos ao outro de irmão, e, com alguma regularidade, vamos à igreja, entretanto, em que pese a multiplicação daqueles que se declaram cristãos evangélicos, ou seja, crentes, observamos que muitos andam atribulados, nervosos, ansiosos, e dão vazão a estes estados psíquicos através de comportamentos carnais, como mau humor, grosserias, falta de educação, palavrões, enfim, carnalidades.

Não é nosso objetivo afirmar que tais pessoas não sejam cristãos genuínos, pelo contrário, queremos chamar atenção que muitos crentes estão manifestando as obras da carne (Gl. 5.19,20) por não entenderem alguns princípios, sem os quais impedimos a atuação do Espírito Santo e a manifestação do Seu fruto (Gl. 5. 22,23).

No texto acima observamos a existência de “um velho homem”, do “pecado” e do “corpo do pecado”. O “pecado” que habita no homem age sobre o “velho homem” e faz com que o corpo peque, ficando escravizado pelo pecado.

O pecado habita ainda em nós, isso em face da nossa natureza adâmica, mas para quem está em Cristo não deve continuar a exercer domínio (Rm. 6.14). Ele é uma força interna que age no homem, sendo estimulado pela tentação, que vem de fora. A tentação ativa o pecado que está latente.

O “velho homem” foi crucificado com Cristo, todavia a crucificação importa em morte substitutiva e em morte participativa (2Co. 5.14). Como o pecado precisa do “velho homem” para fazer com que o corpo do pecado se manifeste, quando ele é crucificado é também neutralizado, Com isso, embora o pecado esteja ainda no interior do homem ele não tem meios para manifestar as obras da carne.

O “corpo do pecado” é a parte externa do homem, o próprio corpo, que pode agir sob a influência do pecado, através do “homem velho”, como também em Cristo, como “nova criatura” (2Co. 5.17), sob o domínio do Espírito Santo, manifestando o seu fruto.

Muitos crentes estão agindo na carne por não estarem posicionalmente crucificados com Cristo, e com isso, por terem consciência do pecado, tentam crucificar o velho homem por sua própria força. Isso não adianta, e daí decorre a frustração de muitos, que entristecidos vivem o dilema de agir na carne, arrepender-se, tentar novamente, para ao final perceber que continuam com o “velho homem” vivo. Por causa disso muitos são levados a afastarem-se da comunhão, envergonhados, algumas vezes atritados com os irmãos, enquanto outros ficam cauterizados pelo pecado e vivem vidas cristãs rasas.

A única solução é através da fé. Da mesma forma que você crê que Jesus Cristo morreu em seu lugar (morte substitutiva), você precisa crer que também morreu com Cristo (morte participativa). Por isso, “considerai-vos mortos para o pecado” (Rm. 6.11).

O texto inspirado não dá outra possibilidade, “Estou crucificado com Cristo; logo não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl. 2. 19,20).

Tenha uma semana no Espírito!

Pr. Wolney

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