sexta-feira, 13 de maio de 2011

A SANTIDADE DE JESUS - BOLETIM - 01.05.2011

“Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente, carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados”. 1Pe. 2. 21-24.

A palavra santo no hebraico é Qodesh, no grego é Ágios. Tanto no hebraico como no grego tem o mesmo significado: separado. Santo, então é tudo aquilo que foi separado para um fim especial para Deus. Embora Jesus estivesse na maioria das vezes rodeado de grande multidão (Mt. 13.2) ele não era como ela. Jesus é descrito como santo “e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus”. Jo. 6.69. É importante afirmar que o contato diário com as pessoas não contaminou o Senhor Jesus. Ele foi santo em todo o tempo da sua vida na terra, mesmo nas circunstâncias mais difíceis.

É sobre este aspecto da santidade de Jesus que gostaria de abordar nesta ministração semanal. Em termos gerais ao pensarmos em santo, somos tomados pelo mesmo sentimento ou estereótipo do imaginário popular que subentende alguém extraordinário, dotado de virtudes especiais e uma distinta proximidade com Deus. É bem verdade que Jesus se enquadra em todos estes aspectos, porém a bíblia nos afirma que santidade não é uma condição restrita ao Senhor Jesus. Podemos lembrar que originalmente fomos criados à imagem e semelhança do próprio Deus, isto é, santo. Também somos ordenados à santidade: “porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo”. 1Pe. 1.16.

Um equívoco que podemos observar muitas vezes atribuído à santidade é a quebra dos relacionamentos anteriores à conversão. E, às vezes, isto se dá principalmente dentro do contexto familiar. Ao contrário de Jesus, a nossa santidade nos afasta do convívio de pessoas igualmente importantes para Deus, para a qual o nosso testemunho seria de grande impacto. Contraditoriamente, Jesus se relacionava com as pessoas movido de uma íntima compaixão. (Mt. 14. 13-21). Por que nos afastamos de pessoas que Deus ama? Por que deixamos amizades antigas sob o pretexto de não sentarmos na roda dos escarnecedores? Talvez a resposta esteja no tipo de santidade que estejamos vivendo. Uma santidade frágil, superficial e plástica, provavelmente por isto facilmente perfurada pela contaminação do mundo.

Nossa santidade pode estar envolta em medo e não em fé, em misticismo e não em convicções solidas na palavra. Nos isolamos das pessoas porque estamos tomados de temor, Jesus porém tinha um coração cheio de amor – Íntima compaixão. O texto acima nos fala que Jesus não cometeu pecado, mesmo após ser ultrajado e maltratado. A santidade de Jesus não cedia aos apelos do revide! Jesus nunca usou o seu poder para intimidar ou ameaçar alguém! Antes, se entregou totalmente ao reto Juiz! A verdadeira santidade é resultado de uma entrega pessoal a Deus. Ela nos move em direção às pessoas, além é claro de influenciá-las. “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo...” 1Jo. 4.18.

Seja santo como Jesus! Deus abençoe a sua vida!

Pr. Paulo.

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